julho 20, 2010

Clube da Luta (Fightclub) - 1999

"A primeira regra do Clube da Luta é: você não fala sobre o Clube da Luta;
A segunda regra do Clube da Luta é: você não fala sobre o Clube da Luta..."

David Fincher quase desistiu da carreira de diretor depois do fracasso de público e crítica de Alien 3, no início da década de 90. Ainda bem que isso não aconteceu, pois desde a metade dessa mesma década, ele vem nos presenteando com belíssimos exercícios cinematográficos. Em 99, sua obra-prima veio à tona. Clube da Luta, baseado no livro homônimo de Chuck Palahniuk é uma crônica subversiva, pertubadora e distorcida do mundo real. Essa visão pessimista e caótica recheada de humor negro levou os atores Brad Pitt e Edward Norton a duas de suas melhores atuações. Norton é Jack, um homem pacato que sofre de insônia e frequenta grupos de ajuda em busca de compaixão, mesmo que não seja alcoólatra ou tenha câncer, para fugir da monotonia de sua vida inútil e sem sentido. Em uma viagem de avião, conhece Tyler Durden (Pitt), um vendedor de sabonetes que leva consigo a filosofia de auto-destruição = auto-conhecimento, ao contrário da auto-ajuda. Após uma briga de violencia gratuita para ambos os lados, Jack percebe os prazeres da dor física, e, junto a Durden, criam uma sociedade secreta no porão de uma loja abandonada entitulada Clube da Luta, que começa a ficarmuito popular. Em consequencia disso, extremismos da mente doentia do vendedor de sabonetes começam a sobressair e levam o clube a ações ambiciosas.
O filme faz uso de várias propostas muito felizes: o tratamento de imagem é muito perverso, escurecido, mostrando uma violencia crua envolta de adrenalina que pode perigosamente influenciar o espectador; efeitos especiais muito bem montados em várias alucinações resultantes da insônia do personagem principal; mensagens subliminares em frames jogados ao longo dos 139 minutos onde pode-se ver por frações de segundo genitálias masculinas. Dentre muitas teorias da conspiração, cito uma que ficou marcada em minha mente: Tyler diz para Jack que as máscaras de oxigênio dos aviões servem apenas para trazer uma falsa sensação de segurança, pois oxigênio quando respirado em excesso em uma situação de risco te deixa zonzo e causa euforia, assim você aceita mais fácil o triste destino.
Com narrativa audasciosa e final surpreendente, é, sem dúvidas, uma obra-prima de grande relevancia.

-CLASSIFICAÇÃO:18 ANOS;

Assista e comente!

Veja o trailer:

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